quarta-feira, 25 de novembro de 2020

App usa tecnologia para encontrar pessoas desaparecidas


Uma pareceria entre a Microsoft com a Mult-Connect possibilitou o surgimento do aplicativo Family Faces, que utiliza o reconhecimento facial para identificar pessoas desaparecidas.

A tecnologia é um dos recursos que compõe a inteligência artificial. A proposta do aplicativo surgiu durante o processo de digitalização da base de dados da ONG Mães da Sé, que matinha o seu cadastro de 11 mil pessoas desaparecidas em papel.

O primeiro passo foi digitalizar todas as suas fotografias e informações úteis para o reconhecimento, como idade, aparência, cicatrizes e tatuagens.

O Family Faces possui uma interface com esse banco de dados. Qualquer pessoa no mundo, com um iPhone ou um smartphone Android, pode fazer o download e enviar uma foto, que é comparada, pela tecnologia de reconhecimento facial, com imagens dos desaparecidos cadastrados.

O Aplicativo seria capaz de reconhecer as pessoas mesmo com o passar do tempo, pois certos parâmetros analisados, como a distância entre os olhos, se mantêm apesar do envelhecimento.

Desta forma, o app deve ser útil para agentes de segurança pública, profissionais de saúde e assistentes sociais, que lidam constantemente com pessoas que se perderam de suas famílias.

Teoricamente, o app poderia ser utilizado na busca ativa, com câmeras espalhadas em locais movimentados. Mas, buscando respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados, as imagens enviadas pelos usuários não são armazenadas. Elas são comparadas com o banco de dados e descartadas.

O aplicativo foi lançado em agosto, e vem operando apenas com o banco de dados da Mães da Sé. Contudo, a tecnologia está pronta para incorporar outras associações e até mesmo órgãos de segurança pública.

14º edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que, em 2019, o Brasil registrou 79.275 desaparecimentos, cerca de 217 por dia.


Mariana Lima

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