quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Cientistas utilizam óleo de coco para diminuir em até 60% as calorias do arroz

Fazer dieta não é fácil, mas, a cada dia que passa cresce a aderência da população por um estilo de vida mais saudável. Uma pesquisa do IBOPE, encomendada pela Bayer, mostrou que 84% dos brasileiros querem ter uma vida mais saudável, mas, sentem dificuldade. O levantamento apontou que os brasileiros acreditam que alimentação saudável é a principal definição de autocuidado: 87% concordam que a saúde é resultado do que se come e 81% dos entrevistados gostariam de se alimentar melhor.


Uma boa alimentação, aliada aos exercícios físicos e outros hábitos como: evitar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas é um bom caminho para quem quer melhorar sua qualidade de vida. Essas mudanças, também podem ajudar na perda de peso, um grande problema do Brasil. No país, mesmo com o alto índice de pessoas buscando uma vida mais regrada, de acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual da população com mais de 20 anos considerada obesa mais que dobrou entre 2003 e 2019, passando de 12,2 para 26,8%.

"Com a correria do dia a dia as pessoas acabam optando por comidas prontas ou industrializados, alimentos com alto teor de gorduras saturadas. Isso está diretamente relacionado ao ganho de peso. É importante que as pessoas se atentem para uma rotina e alimentação saudável", reforça a nutricionista Tatiana Amalfi.

Para ajudar na busca por uma rotina mais saudável e auxiliar na perda de peso, alguns hábitos podem ser incluídos no dia a dia do brasileiro ajudando na construção de uma rotina equilibrada e fazendo toda a diferença na balança.

1 - Óleo de coco ajuda a reduzir o valor calórico do arroz?

É isso mesmo, poucas coisas estão tão na mesa do brasileiro como o arroz. Muitos acreditam que o arroz é o grande vilão para quem quer perder peso e optam por tirar o alimento da dieta. Mas, para quem não abre mão do arroz em suas refeições, os pesquisadores da Faculdade de Ciências Químicas do Sri Lanka têm uma boa notícia. Os especialistas descobriram um truque científico que utiliza o óleo de coco, tão presente no mercado brasileiro, para reduzir em até 60% as calorias do arroz.

Para chegar a esse feito, os experts adicionaram uma colher de chá de óleo de coco na água fervente usada no cozimento de 1/2 xícara de chá de arroz. Após 40 minutos no fogo, a preparação ficou na geladeira por 12 horas. Os pesquisadores notaram que o procedimento aumentou em 10 vezes a concentração de amido resistente do arroz branco comum e isso leva a uma redução de até 60% na quantidade calorias do alimento.

2 - Adquirir o hábito de comer salada

Saladas, frutas e legumes são alimentos saudáveis que oferecem vitaminas para o ser humano. No caso das saladas, quando composta principalmente por folhas, tem uma quantidade muito baixa de calorias e grande teor de fibras alimentares.

3 - Beber muita água

Beber muita água só traz benefícios para o corpo. O recomendado é beber pelo menos dois litros por dia. Ingerindo essa quantidade você consegue manter sua pele hidratada, melhorar o sistema imunológico e ajuda no processo de perda de peso.

4 - Evitar os refrigerantes

A ingestão de refrigerante no cotidiano é prejudicial à saúde, porque a bebida possui grande quantidade de sódio. Especialistas frequentemente ligam o consumo exagerado de refrigerantes a problemas renais
e à hipertensão. Procure substituir o refrigerante por sucos naturais ou chás gelados e claro, não esqueça da água.

5 - Fazer exercícios frequentemente

A prática de atividade física é fundamental para quem quer ter uma rotina saudável. É importante destacar que é recomendado que seja praticada com o acompanhamento de um profissional físico.

 Terra

Expedição Científica no Baixo São Francisco vira livro lançado pela Edufal


Após duas edições realizadas em 2018 e 2019, sob a coordenação do professor Emerson Soares, a Expedição Científica do Baixo São Francisco foi registrada em livro, que será lançado pela Edufal, na próxima segunda (30), no barco Magnifica, porto da balsa, em Penedo, às 9h30. O Baixo São Francisco: características Ambientais e Sociais reúne uma série de dados analisados na região desde 2008, com ênfase nas duas últimas expedições científicas.

Com a colaboração de aproximadamente 50 autores e colaboradores, a obra faz um panorama atual no que diz respeito aos problemas ambientais, sociais e econômicos, o grau de degradação e problemas com desmatamento da vegetação ciliar, assoreamento, extinção de espécies, avanço da intrusão salina, o uso de agrotóxicos, o deficiente em saneamento básico e carência de políticas públicas ambientais nos locais por onde a Expedição passou, em Alagoas e Sergipe.

De acordo com Emerson Soares, um dos organizadores do livro, a obra pretende alcançar não somente a comunidade acadêmica, como também ser um balizador de ações políticas e socioambientais na região. “As informações e dados analisados poderão nortear políticas públicas e pesquisa-ação no Baixo São Francisco e em outras regiões da bacia hidrográfica do São Francisco, além de outras bacias geográficas brasileiras”, explicou o professor do Campus de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca) da Ufal.

Segundo Soares, existe a possibilidade de outros estudos serem desdobrados em razão deste primeiro livro. “Com a continuidade dos trabalhos de monitoramento nos próximos anos, teremos uma grande quantidade dados e informações que servirão para balizar as políticas públicas na área socioambiental para o baixo São Francisco”, resumiu.

O livro, pensado para auxiliar o trabalho de técnicos, pesquisadores e gestores, tem também uma linguagem clara e acessível, podendo ser usado como referência tanto no ensino médio, quanto nos cursos de graduação em Engenharia de Pesca, Biologia, Zootecnia, Sociologia, Geografia, Agroecologia, Engenharia Ambiental e Turismo.

Lançamento na Cidade Histórica de Penedo

Localizada ao sul do Estado de Alagoas, às margens do Rio São Francisco, na divisa com o Estado de Sergipe, a cidade de Penedo será palco para o lançamento do livro. Mais especificamente, as águas do Rio São Francisco receberão a equipe de pesquisadores que comporão a 3ª edição da Expedição Científica, no próximo dia 30, a partir das 9h30, no conhecido Porto da Balsa, haverá o lançamento da versão impressa. A solenidade contará com a presença do reitor Josealdo Tonholo e da vice-reitora Eliane Cavalcanti, além de autoridades e convidados.

O livro também estará disponível na versão digital. De acordo com o diretor da Edufal, Elder Maia, a editora da Ufal se preocupou com a distribuição e com a internacionalização do conteúdo. “A versão impressa será distribuída gratuitamente para diversas instituições, universidades, centros de pesquisa e órgãos governamentais. Além disso, cada resumo de capítulo terá uma versão em espanhol e inglês, visando à internacionalização desse conteúdo inédito”, afirmou.

Para Maia, o livro passa a ocupar um espaço central no catálogo da editora. “Trata-se de uma obra que enriquece muito o acervo científico e acadêmico da nossa instituição justamente porque essa obra traz muitos dados e análises sobre diversas dimensões na região”, pontuou.

Os 22 capítulos do livro são resultado do esforço institucional da Ufal, na coordenação de mais de 50 pesquisadores da força-tarefa que contou com a participação do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco (Codevasf), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Emater/AL, Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Instituto Federal do Ceará (IFCE), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Secretaria de Ciência e Tecnologia de Alagoas (Secti), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh/AL), Marinha do Brasil e do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO/Vigo-Espanha).

O livro traz a marca comemorativa dos 60 anos da Ufal e foi financiado pelo CBHSF e Codevasf. Para saber mais sobre as expedições, acesse a página da Ufal.

Sobre os organizadores

Emerson Carlos Soares é professor-associado da Ufal, no Ceca, com especialização em Gestão de Recursos Pesqueiros, mestrado em Biologia de Água Doce e doutorado em Biotecnologia em Aquicultura.

José Viera Silva é professor-associado da Ufal, no Campus Arapiraca, com mestrado e doutorado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Rafael Navas é professor-adjunto da Ufal, mestre e doutor em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP).

Ufal - Janaina Alves – Relações Públicas

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Abertura do Circuito celebra cena cultural histórica de Penedo



Com grande carga simbólica, a noite desta segunda-feira (23) promete ficar gravada na memória do povo penedense e na cena cultural alagoana. Isso porque a solenidade de abertura do Circuito Penedo de Cinema, em seu marco de 10 anos de resistência, oficializou a reinauguração do histórico Cine São Francisco após 27 anos do encerramento de suas atividades originais.

Em meados da década de 70, com os tradicionais festivais de cinema, o cineteatro logrou-se como espaço crucial de fomento à sétima arte, permitindo à cidade de Penedo assumir contornos definitivos de polo cultural reconhecido nacionalmente.

Sob comando de Chico de Assis, a cerimônia responsável por dar início a uma vasta programação traçada até o domingo (29) recebeu público reduzido em função da pandemia, com adoção de diversas medidas sanitárias, como distribuição de máscaras e disponibilização de álcool 70%.



No palco, o professor universitário e coordenador geral do evento, Sérgio Onofre, abriu a série de discursos da noite ressaltando os impactos do Cine São Francisco para o país. Em suas palavras: “Acho importante destacar este espaço como impulsionador da economia local, mas é também um equipamento cultural que não merecia estar fechado. Há 14 anos, a Ufal se instalou aqui e pudemos identificar no povo um desejo forte pela volta dos festivais. Esse sentimento nos levou à proposta atual do Circuito”.

Também subiram ao palco o diretor técnico do Sebrae em Alagoas, Vinícius Lages; o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Maciel Oliveira; a representante da Secretaria de Estado da Cultura, Teresa Machado; o prefeito de Penedo, Marcius Beltrão; a vice-reitora da Ufal, Eliane Cavalcanti; e o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo.

Tonholo aproveitou a cerimônia para declarar a obra de construção do campus de Penedo por meio de licitação pública já realizada pelo BNDES. Além disso, as seis décadas de existência da universidade foram pontuadas mediante exibição de uma campanha institucional cujo slogan celebra “60 anos construindo união”.

Finalizando a abertura do Circuito, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco convocou todos à preservação de fauna e flora ribeirinhas com a exibição da campanha “Velho Chico Vivo”, ressaltando que cuidar da natureza é cuidar da saúde e da qualidade de vida da população.

Após a solenidade inaugural, o público ainda pôde curtir a Mostra de Longa Metragem Nacional, introduzida por um bate-papo sobre o filme Piedade, entre o diretor Lírio Ferreira, a produtora Chica Mendonça e o ator Antonio Haddad. Em seguida, a obra foi projetada e encerrou a primeira noite do evento, que segue com a semana repleta de atividades totalmente gratuitas.


Eduardo Afonso Vasconcelos

Facebook oferece capacitação gratuita para mulheres empreendedoras



O Facebook, através do seu programa Ela Faz História, em parceria com a Aliança Empreendedora, disponibilizou uma capacitação em Educação Financeira focada em fomentar a participação das mulheres na economia digital.

Com o objetivo de capacitar 50 mil brasileiras, a capacitação está dividida em três pilares: educação financeira, marketing digital e acesso a fonte de crédito.

Os módulos do programa incluem temas como metas financeiras, precificação, plano de negócios, planejamento financeiro, estratégias de negócios, tecnologia aplicada a finanças.

A construção do conteúdo ainda inclui informações sobre fontes de microcrédito para microempreendedoras do Brasil, a fim de facilitar o acesso ao crédito.

As empreendedoras participantes também terão acesso a mais dois cursos:

  • Um sobre como usar as redes sociais e as mídias digitais para impulsionar seus negócios;
  • Outro com foco em formalização, incluindo o conceitos para obtenção de CNPJ, emissão de nota fiscal, custos e taxas.

Além disso, as participantes receberão orientação para que sejam capazes de avaliar quando é necessário buscar ofertas de crédito do mercado e como obtê-las.

Os conteúdos são no formato de vídeo aulas interativas e podem ser acessados até o dia 31 de dezembro, gratuitamente. A capacitação oferecer certificação online.

Para se inscrever, clique aqui.


Mariana Lima

App usa tecnologia para encontrar pessoas desaparecidas


Uma pareceria entre a Microsoft com a Mult-Connect possibilitou o surgimento do aplicativo Family Faces, que utiliza o reconhecimento facial para identificar pessoas desaparecidas.

A tecnologia é um dos recursos que compõe a inteligência artificial. A proposta do aplicativo surgiu durante o processo de digitalização da base de dados da ONG Mães da Sé, que matinha o seu cadastro de 11 mil pessoas desaparecidas em papel.

O primeiro passo foi digitalizar todas as suas fotografias e informações úteis para o reconhecimento, como idade, aparência, cicatrizes e tatuagens.

O Family Faces possui uma interface com esse banco de dados. Qualquer pessoa no mundo, com um iPhone ou um smartphone Android, pode fazer o download e enviar uma foto, que é comparada, pela tecnologia de reconhecimento facial, com imagens dos desaparecidos cadastrados.

O Aplicativo seria capaz de reconhecer as pessoas mesmo com o passar do tempo, pois certos parâmetros analisados, como a distância entre os olhos, se mantêm apesar do envelhecimento.

Desta forma, o app deve ser útil para agentes de segurança pública, profissionais de saúde e assistentes sociais, que lidam constantemente com pessoas que se perderam de suas famílias.

Teoricamente, o app poderia ser utilizado na busca ativa, com câmeras espalhadas em locais movimentados. Mas, buscando respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados, as imagens enviadas pelos usuários não são armazenadas. Elas são comparadas com o banco de dados e descartadas.

O aplicativo foi lançado em agosto, e vem operando apenas com o banco de dados da Mães da Sé. Contudo, a tecnologia está pronta para incorporar outras associações e até mesmo órgãos de segurança pública.

14º edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que, em 2019, o Brasil registrou 79.275 desaparecimentos, cerca de 217 por dia.


Mariana Lima

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Ministério do Turismo assume oficialmente a Cinemateca Brasileira



Guardiã da memória cinematográfica brasileira, a Cinemateca será gerida pela Secretaria Nacional do Audiovisual, que pertence à Secretaria Especial da Cultura, ligada ao Ministério do Turismo, até 5 de outubro de 2021. O decreto 10.548 foi publicado no Diário Oficial nesta segunda-feira, 23.

Com a reabsorção temporária das atividades da Cinemateca Brasileira, foram remanejados, da Secretaria de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, do Ministério da Economia, para o Ministério do Turismo, cargos em comissão do chamado Grupo-Direção e Assessoramento Superiores.

O Ministério do Turismo prevê, para a Cinemateca, coordenadores nas áreas de marketing e fomento a eventos turísticos, além de assistentes.

Em maio, a Secretaria Especial da Cultura já havia manifestado o interesse em reincorporar a Cinemateca Brasileira, que vinha sendo gerida pela Fundação Roquette Pinto.

Desde o início do ano, um imbróglio processual envolvendo o Ministério da Educação, a Secretaria Especial de Cultura e a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) complicou ainda mais a situação da Cinemateca, que estava com salários de funcionários atrasados desde abril e correndo o risco de sofrer um corte de energia por falta de pagamento da conta de luz.

Vale lembrar que muitos dos filmes armazenados no local, em película, dependem de refrigeração do ambiente para sua manutenção.

O contrato de gestão, formalizado em 2018, era vinculado ao contrato que a Acerp mantinha com o Ministério da Educação para a gestão da TV Escola.

De forma unilateral, o MEC não renovou a validade em dezembro de 2019, atingindo ao mesmo tempo a Cinemateca, que, desde o começo de 2020, parou de receber verbas do Governo (da ordem de US$ 12 milhões por ano).

Em agosto, a Secretaria Especial da Cultura chegou para assumir o comando acompanhada da Polícia Federal. A Acerp demitiu funcionários e deixou o local.

Antes disso, porém, houve uma tentativa de manter a gestão com a Acerp. O Ministério Público Federal pediu, em julho, na Justiça, que o Governo fizesse um contrato emergencial para garantir a segurança do acervo, mas o pedido foi negado.

Em setembro, em entrevista coletiva durante o Festival de Cinema de Veneza, Thierry Frémaux, diretor do festival, expressou sua solidariedade à Cinemateca Brasileira e disse que ela estava “ameaçada pelo atual governo”.

Em maio, quando começou a se considerar a reabsorção da Cinemateca pela Secretaria Especial da Cultura, era esperado que Regina Duarte, que à época estava deixando o posto de secretária, assumisse a instituição, que tem sede em São Paulo.

Desde 2013, a Cinemateca vive uma das piores crises da sua história de mais de 60 anos, com sucessivas trocas de diretores e diminuição de pessoal.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Projeto vai distribuir carroças para pessoas em situação de rua


A campanha Transformando Vidas vai beneficiar oito pessoas em situação de rua com carroças de ferro e kits de segurança para que consigam trabalhar como catadores de latinhas, uma das principais atividades praticadas por esses grupos.

Por meio de uma parceria com um grafiteiro, as carroças serão personalizadas com desenhos coloridos e modernos.

A campanha foi criada por voluntários dos projetos sociais Entrega por SP e DaRua – que saem às ruas para conversar e trocar histórias com quem vive nelas –, que se uniram ao Pimp My Carroça, organização que luta pelo reconhecimento social e econômico dos catadores de materiais recicláveis.

Para garantir a entrega, o projeto precisa arrecadar todas as doações até o início de dezembro. Clique aqui e colabore!

 Júlia Pereira

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Voz do Brasil voltará a ter horário fixo, decide STF

A Advocacia-Geral da União divulgou na noite de hoje (18) em suas redes sociais que garantiu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o programa Voz do Brasil, produzida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), volte a ser veiculado em horário nobre nas rádios brasileiras.


Segundo a AGU, a motivação da veiculação em horário fixo é “para que as informações de interesse público cheguem ao maior número de brasileiros possível.”

 — AGU (@AdvocaciaGeral) November 18, 2020

No dia 23 de outubro, o Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União uma portaria  em que estabeleceu as condições, critérios e procedimentos para flexibilização de horário ou dispensa da retransmissão obrigatória do programa A Voz do Brasil pelas emissoras de radiodifusão sonora. Ontem (17), foi publicada uma  portaria que autoriza a flexibilização do horário de retransmissão do programa além dos horários originalmente previstos no caso de emissoras que desejarem transmitir jogos de futebol da Seleção Brasileira.

Agência Brasil

Equipe da 3ª Expedição Científica se prepara para viajar pelo Velho Chico



Os 350 quilômetros que serão percorridos na Região do Baixo São Francisco marcarão, durante dez dias, o percurso da 3ª edição da Expedição Científica, coordenada pela Universidade Federal de Alagoas. Lançamento de livro e peixamento de espécies nativas para repovoar o rio, integram a abertura oficial do evento, no dia 30, a partir das 9h30, no conhecido Porto da Balsa, na cidade histórica de Penedo. A solenidade contará com a participação do reitor Josealdo Tonholo e da vice-reitora Eliane Cavalcanti, além de autoridades e convidados.

Conectada com a realidade atual, a expedição traz como tema deste ano O desafio de fazer ciência e qualidade ambiental em tempo de pandemia. Para obedecer os protocolos de segurança estabelecidos, a equipe de 50 pesquisadores de Alagoas e Sergipe e mais as 12 pessoas de apoio ao evento foram submetidas ao exame de testagem da covid -19, sendo a maioria deles realizada na Unidade Docente Assistencial (UDA) da Ufal.

A expedição acontece de 30 deste mês a 10 de dezembro e na abertura haverá várias atividades a partir das 9h30. Será apresentada a equipe de pesquisadores, além da partnicipação dos representantes da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) do Estado de Alagoas.




Durante a solenidade também será lançado o livro O Baixo São Francisco - Características Ambientais e Sociais, além da exibição de vídeo sobre as expedições científicas de 2018 e 2019. Em seguida haverá a soltura de cem mil alevinos no Velho Chico. O encerramento dessa primeira parte das atividades está previsto para as 11h30.

O roteiro da 3ª Expedição contempla sete municípios ribeirinhos alagoanos e dois sergipanos e de acordo com o coordenador geral, Emerson Soares, as atividades científicas começam logo após a abertura, com a equipe saindo de Penedo para Piranhas, onde permanecerá até o dia 1º de dezembro. Nos demais dias, o cronograma da viagem está definido da seguinte maneira: dia 2 a parada será em Pão de Açúcar; dia 3, Traipu; dia 4, Porto Real do Colégio e Propiá; dia 5, Chinaré - Igreja Nova. Nos dias 5 e 6, Penedo; dias 7 e 8, Piaçabuçu; dia 9, Brejo Grande e dia 10, Penedo, onde será o encerramento.

Os estudos científicos estarão centralizados em 25 áreas diversificadas, como pesca, poluentes, limnologia, microbiologia, ictiofauna, hidrologia, arqueologia subaquática, turismo de base comunitária, socieconomia, tratamento de água, saúde coletiva e bucal. Sobre a dinâmica do trabalho Emerson destaca: “As atividades diárias começam às 5h da manhã, com término às 18h. Entretanto, todo dia, após o jantar, estão programadas palestras em áreas específicas com colegas pesquisadores convidados”.

Neste ano a expedição conta com duas embarcações-laboratórios de grande porte, seis lanchas de apoio ao deslocamento das equipes em coleta e quatro veículos para apoio em terra. Além dos exames de testagem covid-19, já realizados e com resultado, serão disponibilizados para a equipe de pesquisadores, hipoclorito de sódio e álcool 70%, máscaras e macacões biológicos para as atividades no barco e nos municípios que estão no itinerário da viagem e dos estudos.

Em cumprimento aos protocolos, não haverá visitação às embarcações-laboratórios pela população ribeirinha, como aconteceu nas duas primeiras expedições, e será mantido, entre os integrantes da equipe, o distanciamento necessário. Os pesquisadores chegarão à cidade de Penedo, ponto de partida e de chegada da expedição, no domingo (29).

Parceria

A 3ª Expedição Científica no Baixo São Francisco conta com o financiamento da Ufal, do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), Comitê do São Francisco, Codevasf e Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Além da Ufal, Semarh, Codevasf e Comitê do São Francisco, também estão como participantes e executores a Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-Pecuária (Embrapa), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL).

Além da Ufal, também participam as universidades federais da Paraíba (UFPB), de Rondônia (UNIR), Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Estadual do Ceará (UECE) einstitutos federais de Alagoas (Ifal) e do Ceará (IFCE).


UFAL - Diana Monteiro

Edição 2020 do Moda Imagem acontece de 23 a 30 de novembro



A pandemia mudou a maneira de fazer eventos no mundo todo e, em Maceió, não é diferente. Para evitar aglomerações e a contaminação por covid-19, a Escola Técnica de Artes (ETA) da Ufal se preparou e seguiu todos os protocolos de segurança para realizar a 5ª edição do Moda  Imagem, que acontece de 23 a 30 deste mês, no formato on-line. Na programação estão previstos workshops, palestras e mesas-redondas formadas por profissionais externos de destaque nacional e internacional, docentes e discentes da ETA

O Moda Imagem é uma realização do projeto de extensão Moda e Comunicação, do curso de Produção de Moda da ETA, coordenado pela professora Elizete Lili Menezes, e será transmitido pelo Instagram @modaetaufal e pelo canal Moda ETA no Youtube. “Vamos discutir e praticar ações relativas à produção de imagens de moda, explorando toda a amplitude que o conceito de imagem pode ter”, reforçou a coordenadora.

Além de promover bate-papo [talks], painéis, vídeo-depoimentos, tutoriais e fashion films, o Moda Imagem também vai entrar no universo da 7ª arte. É que esta edição fará parte do 10º Circuito Penedo de Cinema, que acontece na mesma semana, com a apresentação dos fashion films produzidos por marcas de ex-alunos do curso de Produção de Moda.

Participantes:

Fashion Films

Derravera, Casa Lado Bê, Crua, Margarida Perfumada e Pouch Bag

Vídeo-depoimentos

Flor de Caroá; Hema; La Lis Brand; Linhas, Pontos e Panos; Solange Arruda e Nic Nic Atelie

Painéis

Adenise Ribeiro, Aline Rijo, Ana Carolina Carvalho, Bruna Marques, Carol Carvalho, Cintya Santos, Eagly Santos, Fernanda Simões, Karen Ribeiro, Kamilla Augusto, Manu Cabral, Thati Cabral e Yalla Barros

Talks

Elizete Lili Menezes, Jardeane Lopes, Manoel Omena, Wesley Madson e Yakini Rodrigues

Tutoriais

Alex Cerqueira e Luana Zaidan


UFAL - Simoneide Araújo

Ufal cria espaço para apoiar cadeia produtiva cultural de Alagoas


Com a aprovação da Lei Aldir Blanc (Lei nº. 14.017/2020) e a regulamentação dos editais, os trabalhadores da cultura começam a elaborar suas propostas para garantir acesso aos recursos financeiros disponibilizados. Neste cenário, surge a ideia do grupo, encabeçado por produtores culturais da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que pretende colaborar na elaboração de projetos, facilitando a aprovação que garante o acesso aos financiamentos. A proposta é colaborar com artistas das mais diversas linguagens, mestres e mestras da cultura popular, artesãos, produtores culturais e dirigentes de espaços culturais, entre outros, que sintam necessidade de alguma orientação.

Essa colaboração é no sentido de auxiliar no direcionamento em relação a qual edital se adequada mais o projeto, dúvidas como prazos e documentação necessária e, principalmente, com a revisão de redação, orientando na elaboração de projetos que atendam aos requisitos determinados em cada chamada. Devido ao momento da pandemia e à determinação de distanciamento social, a orientação será feita por meio virtual, seja por chamada telefônica, troca de e-mails e/ou mensagens.

O agente cultural deve enviar um e-mail para projetos.cacufal@gmail.com, informando alguns dados como nome completo, instituição e segmento ao qual está vinculado, assim como um telefone para contato. Após receber o e-mail com a solicitação, os técnicos da Ufal entrarão em contato por meio telefônico para entender do que se trata o projeto e acordar a melhor forma de orientação. O interessado também poderá enviar, no mesmo e-mail, todo o material que já tenha escrito sobre o projeto, facilitando, assim, o entendimento prévio da proposta.

Convite à comunidade acadêmica

O grupo da Ufal que idealizou o projeto também aproveita para convocar outras pessoas que também desejam somar com a iniciativa. Os integrantes da comunidade acadêmica [técnicos, professores e estudantes] que tiverem interesse, podem se voluntariar para fazer parte como colaborador nessa iniciativa de extensão, atuando nas ações de orientação em relação à elaboração de projetos.

Serviço

O que: Orientação na elaboração de projetos para editais da Lei Aldir Blanc
Forma de atendimento: Enviar e-mail para projetos.cacufal@gmail.com com os seguintes dados


Nome completo:
Instituição:
Segmento vinculado:
Telefone de contato:

Ascom CAC/Proex

Neabi da Ufal completa 40 anos e celebra o Dia da Consciência Negra


Com o tema 40 anos de aquilombamento, saberes e práticas afirmativas, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), o mais antigo do Brasil, promove webinário em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e à data de seu aniversário de quatro décadas. O evento será realizado na quinta-feira (19), das 9h às 22h, com transmissão pelo canal Prograd-UFAL no Youtube.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas por formulário eletrônico. “Vocês estão convidados para celebrar conosco, com muita alegria e orgulho, esta ancestralidade acadêmica, suas quatro décadas de aquilombamento científico, num evento on-line com a participação de educadores e artistas”, disse Rosa Correia, diretora do Neabi. 

O núcleo foi criado em 1980 durante a Semana Zumbi, realizada na Casa Jorge de Lima, em União dos Palmares, como parte das ações do Projeto Memorial Zumbi: Parque Histórico Nacional, que, segundo Rosa Correia, conduziu estudos e pesquisas sobre a Serra da Barriga para que alcançasse o título de patrimônio nacional. “Visando, portanto, celebrar a história das pessoas e ações que fizeram o Ceab e o Neab e, hoje, fazem o Neabi, que propomos este dia de debates e comemorações”, destacou a diretora.

Conheça a programação

9h - Mesa de abertura
Josealdo Tonholo - reitor da Ufal
Rosa Lucia Correia – diretora do Neabi da Ufal 
Andrea Giordanna – vice-diretora do Neabi da Ufal 
ANU
Anajô - Centro de Cultura e Estudos Étnicos 

9h20 - Conferência de Abertura
Neabi Ufal: um aquilombamento científico e seus saberes, com Severino Lepê Correia (CNAB e PPGEDU/UFPE)

9h50 - Canto das três raças 
Artista: Isabela Barbosa

10h - 1ª Mesa-redonda 
Movimentos negros e indígenas nas universidades: relatos de experiência de resistências e avanços

Expositores: 

Amaro Leite (Neabi-Ifal)
Larissa Lopes (ANU-Ufal)
Vanusa Souza (Ichica-Ufal)
Fabson Calixto (PPGE-Ufal)

Coordenação: 

Ester Viegas (Igdema-Ufal)
Andréa Giordanna (Neabi-Ufal)

14h - 2ª Mesa-redonda 
Biografias e Lutas Afirmativas

Expositores:

Lígia Ferreira (ex-diretora Neabi-Ufal)
Clara Suassuna (ex-diretora Neab-Ufal)
Clébio Correia (Neabi-Uneal)
Fátima Viana (Neabi-Ifal- Instituto Federal de Alagoas)

Coordenação: 

Jusciney Carvalho (Cedu-Ufal)
Israel Silva (ANU)

16h

Homenagem ao Neabi - Canto à resistência
Artista: Naná Martins

16h10 - 3ª Mesa-redonda
Memória da Resistência Negra: 40 anos de Neabi e da luta para fazer Palmares de novo

Expositores: 

 Zezito de Araujo (ex-diretor do Neab/Ufal)
 Lourdes Lima (ex-diretora do Neab/Ufal)
 Angela Bahia (ex-diretora do Neab/Ufal)
 Ubirajara Oliveira (servidor Neab/Ufal)

Coordenação: 

Moisés Santana (Proex/UFRPE)
Rosa Correia (Neabi-Ufal)

18h - Ação cultural afirmativa: A luta e a resistência dos artistas alagoanos
Artistas: Naty Barros, Manu Preta, Igbonan Rocha e Edu Passos

Mediação: 

Luila de Paula (Anajô)
Regla Masshud (Neabi-Ufal)

20h -4ª Mesa-redonda
Arte, Cultura, Educação e Religião: dimensões do legado étnico-racial alagoano

Expositores: 

Helcias Pereira (Anajô)
Jeferson Silva (Ineg/AL)
Gilberto Ferreira (Seduc) 
Pai Célio (Casa de Iemanjá) 

Coordenação:  

Vagner Bijagó (Neabi/Ufal)
Gustavo Gomes (Artista)

22h - Encerramento: Canto à negritude
Artista: Gustavo Gomes


UFAL - Simoneide Araújo 

FMAC e religiosos definem medidas de segurança para celebração de Iemanjá



No dia 8 de dezembro, tradicionalmente, grupos religiosos de matriz africana se encontram na orla marítima de Maceió para celebrar o Dia de Iemanjá, e, neste ano, a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) mais uma vez apoia a iniciativa, facilitando o diálogo com os órgãos da municipalidade, uma constante desde o início da atual gestão da Prefeitura de Maceió. Durante toda a terça-feira (8), as celebrações ocorrerão na orla, principalmente na Praia de Pajuçara.

Lideranças da cultura afro, em reunião com a equipe da Fundação, nos dias 05 e 12 de novembro, discutiram os detalhes da programação e, também, as medidas de segurança a serem adotadas durante a realização do evento, que traz ao holofote a luta da religiosidade de matriz africana, além de chamar atenção para o preconceito contra as manifestações afro, celebrar a diversidade religiosa e reverenciar a ancestralidade africana.




Todo ano, moradores, turistas, militantes do movimento negro e simpatizantes das religiões de matriz africana deslocam-se à praia para conferir e apreciar toda a beleza da cultura afro-brasileira. Entretanto, devido à pandemia mundial de Covid-19, a celebração será diferente, seguindo as recomendações de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além de utilizar a máscara e higienizar as mãos com álcool em gel, a orientação é não permanecer na orla mais tempo que o necessário: depois de prestar suas homenagens à Grande Mãe das Águas Salgadas, evite aglomerações e dê a vez às outras pessoas. Idosos e demais grupos de risco devem evitar participar da celebração e, também, as pessoas que não têm estas características, mas que dividem domicílio com quem as tem.

Mateus Magalhães / Ascom FMAC

Parceria entre Edufal, Fapeal e Cepal apoia publicação de livros


Elder Maia, diretor da Edufal

Com a proposta de divulgar, no formato de livros, impressos e eletrônicos - e-books, as melhores teses de doutorado e dissertações de mestrado em Programas de Pós-graduação, foi feita uma parceria entre a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e a Imprensa Oficial do Estado (Cepal). O edital de apoio a editoração e publicação de livros é a primeira iniciativa desta parceria.

As obras inscritas devem ser escolhidas pelos próprios Programas de Pós-graduação (PPGs), defendidas de 2018 a 2020, e devem ainda contribuir para a melhoria da avaliação do parâmetro “Produção Científica” expressamente indicado nos documentos de área dos programas. Segundo o diretor da Edufal, professor Elder Maia, o objetivo do edital é valorizar o conhecimento científico original produzido no âmbito desses programas, das diversas áreas de conhecimento.

“Trata-se de mais uma parceria estratégica entre Fapeal, Edufal e Cepal. Certamente este edital vai estimular bastante a comunidade de pesquisadores e pesquisadores que defenderam as suas dissertações de 2018 a 2020”, explicou.

Inscrições

De acordo com o edital 08/2020, as propostas podem ser feitas por Programa de Pós-graduação stricto sensu em que a produção de livro por discente conte no quesito “Produção Científica” no processo de avaliação da Capes. O PPG pode selecionar segundo os critérios que achar razoáveis e enviar ofício indicando a dissertação e/ou tese selecionada. Cada programa pode selecionar apenas uma tese de doutorado e/ou dissertação de mestrado segundo os procedimentos e critérios (internos) que achar razoáveis, considerando as que foram defendidas entre os anos de 2019 a 2020.

Já o autor da dissertação ou da tese deverá confirmar o interesse em publicar seu trabalho no formato de livro e, de posse da carta de indicação da obra selecionada, emitida pelo respectivo programa de origem, fazer sua inscrição e, obrigatoriamente, adequar a dissertação ou tese para o formato de livro dentro das normas editoriais da Edufal.

As inscrições vão até o dia 15 de dezembro. Confira o edital completo aqui.


Jacqueline Freire - UFAL

Pesquisa avalia eficácia do jejum intermitente para perda de peso

Problema de saúde pública mundial, a obesidade acomete indivíduos de diversas condições sociais e econômicas. Segundo dados da pesquisa nacional Vigitel Brasil 2019 do Ministério da Saúde, publicados em 2020, considerando as capitais dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, o índice de pessoas com obesidade no Brasil é de 20,3%.

Por trás desse dado, há também o lado cruel da desigualdade social no país, uma vez que o percentual de indivíduos obesos é maior nos que possuem menos anos de escolaridade, principalmente, entre as mulheres. Pela falta de informação, de dinheiro e de acompanhamento profissional, essas pessoas fazem parte do grupo que consome gêneros alimentícios mais calóricos e de menor qualidade nutricional por causa do preço mais baixo.

O impacto prejudicial desses fatores levou o grupo de pesquisa coordenado pelo professor da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Ufal, Nassib Bueno, a investigar, diante das diversas abordagens para perda de peso, qual seria a estratégia mais acessível que pudesse ajudar mulheres que se encontram em tais condições. Com o título Influência da restrição do período alimentar e dieta hipocalórica sobre o perfil metabólico e composição corporal de mulheres com obesidade em vulnerabilidade social, o trabalho, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) mediante projeto inscrito pelo docente, foi conduzido pela nutricionista Isabele Maranhão Pureza e resultou em sua dissertação defendida e aprovada no mestrado da Fanut, em setembro de 2019.

O estudo deu origem a quatro artigos publicados nas revistas científicas Clinical NutritionNutrition e Archives of Endocrinology And Metabolism, projetando a pesquisa da Fanut e a Ufal no cenário da ciência internacional.




“A publicação dos nossos resultados em revistas de alto fator de impacto permite reforçar à comunidade científica a qualidade das pesquisas conduzidas em universidades brasileiras diante de uma estratégia dietética emergente, como a restrição do período alimentar, com um número crescente de ensaios clínicos conduzidos por diferentes grupos de estudo em nutrição de diversos países e que auxiliam nas condutas para o tratamento da obesidade”, destacou a pesquisadora.

Jejum intermitente: uma opção viável?

Muito comum entre pessoas públicas que divulgam sua rotina alimentar e de atividades físicas, o jejum intermitente vem sendo bastante estudado no meio acadêmico e mostrado benefícios que vão além daqueles apresentados por uma “dieta da moda”.

A nutricionista Isabele Maranhão Pureza explica que o termo engloba diversas formas de restringir o período de alimentação diário e é uma das estratégias mais procuradas não somente por leigos, mas que também vem atraindo atenção de clínicos e pesquisadores.

“A restrição do período alimentar, sem a necessidade de restringir a ingestão energética, surge como uma alternativa que facilita a adesão do paciente, com estudos crescentes em animais e humanos, garantindo benefícios para prevenção e tratamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além do envelhecimento precoce”, destacou.

Em sua pesquisa, Isabele buscou avaliar e comparar os efeitos de uma intervenção com restrição do período alimentar (o jejum intermitente) em comparação com uma tradicional para perda de peso, apenas com dieta hipoenergética (restrição de energia em quilocalorias), sobre o perfil metabólico e a composição corporal de mulheres com obesidade e em vulnerabilidade social.

De acordo com a pesquisadora, por não implicar, necessariamente, na compra de novos alimentos, a prática de jejum intermitente poderia ser uma alternativa por facilitar a aceitação. “Quando o indivíduo escolhe o período em que deseja realizar o jejum, facilita a adesão, anulando as dificuldades comuns das dietas restritivas e tradicionais”, justificou.

Mulheres com obesidade

Para embasar o estudo realizado na Fanut Ufal, relata Isabele, foi realizado um ensaio clínico aleatório com mulheres com obesidade e em condição de vulnerabilidade social. As participantes eram moradoras da 7ª região administrativa de Maceió, a que apresenta o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital, composta pelos bairros Santos Dumont, Cidade Universitária, Santa Lúcia e Tabuleiro dos Martins.

No total, 58 mulheres participaram e foram sorteadas para compor um dos dois grupos de investigação: intervenção e controle. “O grupo intervenção foi orientado a seguir uma dieta hipoenergética e a restrição do período alimentar por 12 horas, com horário de início determinado pela participante. Já o grupo controle foi orientado a seguir apenas a dieta hipoenergética”, explicou.

Ela esclarece que esse perfil de mulheres foi escolhido com base nos dados da pesquisa nacional Vigitel Brasil 2018, publicados em 2019 pelo Ministério da Saúde, em que se observa que o percentual de indivíduos obesos é maior naqueles que tem menos anos de escolaridade, principalmente nas mulheres. “Esse grupo apresenta padrão de consumo alimentar monótono e com ingestão elevada de alimentos de maior densidade energética, por comumente ser mais baratos”, argumentou.

As participantes receberam acompanhamento nutricional por 12 meses, com orientações reforçadas para a prática de jejum e ajustes na dieta, além do acompanhamento do peso, da composição corporal e dos exames bioquímicos para avaliar o perfil metabólico.

As consultas foram realizadas no ambulatório de obesidade do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren). O atendimento das participantes era feito pelos integrantes do grupo de pesquisa, composto por alunos de iniciação científica da Fanut, e pela Isabele, como nutricionista e pós-graduanda no mestrado em Nutrição da Ufal. Todo o trabalho era supervisionado pelo coordenador da pesquisa, professor Nassib Bueno.

Resultados obtidos

Ao comparar os grupos estudados, a pesquisa mostrou que a curto prazo, no acompanhamento de 21 dias, a restrição do período alimentar não apresentou efeito no perfil hormonal e no apetite delas. Já a curto e a longo prazo, essa estratégia também não reduziu o peso corporal, mas diminuiu o percentual de gordura corporal e a circunferência da cintura.

“De acordo com nosso estudo, observamos que o jejum traz benefícios tanto quanto a dieta com restrição de energia por quilocalorias. O jejum não mostrou superioridade em relação à dieta tradicional para perda de peso. As participantes podem adotar uma das duas intervenções a fim de facilitar o tratamento”, explicou Isabele

Ela acrescenta que foi observada uma discreta elevação da temperatura axilar que pode explicar a redução da gordura corporal. “No entanto, são necessárias futuras investigações adotando a temperatura como objeto principal da investigação. Vale ressaltar que essas mudanças não foram clinicamente importantes, a ponto de expressar uma superioridade dos efeitos do jejum em relação ao grupo apenas com dieta hipoenergética”, ressaltou.

Para investigar os efeitos mais amplos do regime de jejum intermitente, a equipe de pesquisadores da Fanut realizou uma revisão sistemática com metanálise, para avaliar os efeitos do early time-restricted feeding, traduzido livremente como restrição do período alimentar precoce, em que as refeições são iniciadas nas primeiras horas do dia e limitada até o pôr do sol.

“Incluímos dez ensaios clínicos aleatórios, com experimento semelhante ao que fizemos com as mulheres, que avaliaram o efeito desse tipo de jejum no perfil metabólico de indivíduos com excesso de peso. Apesar de encontrarmos uma redução significativa na glicemia de jejum dos indivíduos incluídos nos estudos, as evidências foram avaliadas como de baixa qualidade, o que permite analisar esse resultado com cautela, visto que estudos com humanos são recentes e escassos, com resultados controversos para alguns parâmetros bioquímicos”, esclareceu.

Diante do fato da obesidade se configurar como uma doença que atinge um número elevado da população mundial, apesar dos dados não mostrarem diferenças significativas entres os grupos que participaram do estudo, Isabele defende que os resultados da pesquisa podem contribuir para ajudar os profissionais da saúde no momento de escolher estratégias para perda de peso.

“De maneira geral, apesar da ausência de diferenças clínicas importantes entre a restrição do período alimentar e a dieta hipoenergética e de relatos de efeitos adversos, consideramos que a restrição do período alimentar diária é de fácil aplicação e segura, auxiliando no tratamento nutricional em indivíduos com excesso de peso sem a necessidade de aquisição de novos alimentos, principalmente para população de menor poder aquisitivo, garantindo maior adesão”, afirmou.

Thâmara Gonzaga - UFAL

Informativo Balaio de Fatos - 04