sábado, 7 de agosto de 2021

A volta dos eventos pós-pandemia

Após quase dois anos de paralisação devido à pandemia, os eventos, culturais e os nem tanto, estão voltando em ritmo lento e cuidadoso. Pequenas festas e shows já estão acontecendo, mas a limitação de público imposta pela legislação, para evitar aglomerações, dificulta a real retomada do setor.

O que estamos vendo atualmente é uma série de pequenos eventos, como uma forma de ensaio, tanto para os organizadores quanto para o público, pois nunca ficamos tanto tempo parados. Grandes eventos ainda estão na área da imprevisibilidade, principalmente por questões sanitárias, mas também porque os produtores não podem e não querem dar um passo além, e tropeçarem em sua organização.

Mas independente disso, podemos imaginar como será daqui para frente. Sinto falta dos pequenos shows em bares e no Posto Sete, em Maceió, por exemplo, mas também de grandes shows nos teatros Deodoro e Gustavo Leite, e até no Estacionamento de Jaraguá. Mas será que conseguiremos retormar de onde paramos? Ainda seremos tolerantes com gêneros musicais sem nenhum ou quase nada de cunho artístico ou ainda admitiremos aquelas músicas que não deveriam sair dos banheiros de seus criadores?

Temos muita coisa boa produzida que perdeu espaço para o já mal falado estilo musical sem muita criatividade e talento. Mesmo que seja um sonho de um mundo ideal, poderíamos realmente reavaliar e valorizar antigos grupos e artistas, não com a intenção de "começar do zero", mas de darmos uma nova chance, por exemplo a artistas e grupos dos anos 90 ou 2000, pelo menos teríamos um pouco menos de erotização e um pouco mais de criatividade autoral.

O que importa é que possamos evoluir, quanto produtores e organizadores de eventos, mas também como público, valorizando a arte de compor e o talento de quem se esforça para nos trazer coisas boas e não mais descartáveis e perenes.

Informativo Balaio de Fatos - 04