quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Governo Bolsonaro barra patrocínios culturais já aprovados na Rouanet



Mais de 200 projetos culturais, que já tinham patrocínios fechados com empresas para serem executados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, foram barrados pelo governo federal. Os projetos, que já estavam tecnicamente aprovados, aguardavam apenas a assinatura do Secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, para terem a autorização de captação de recursos divulgada no Diário Oficial da União.

Nas redes sociais, o secretário disse que só aprovaria a “exata quantidade de projetos que for possível auditar”.

Com a decisão, os projetos culturais que já tinham sido autorizados a acertar patrocínios não receberão os recursos captados, o que deve promover um apagão de espetáculos culturais financiados pela legislação. Com isso, o que está por vir é uma onda ainda maior de desemprego no setor, um dos principais afetados pela pandemia do coronavírus.

Segundo a gestora Rose Meusburger, que elabora projetos para inscrição na Lei de Incentivo à Cultura, a aprovação dos projetos era rápida até 2018. De acordo com produtores culturais, a mudança se deu após a exoneração de Odecir Prata da Costa, apontado como um dos maiores especialistas na legislação.

Servidor na área da cultura desde 1988, Prata da Costa fazia um mutirão todo fim de ano para que os projetos fossem aprovados a tempo. O processo desandou, de acordo com produtores culturais, com a chegada de Porciúncula.

Livro 'Pequeno manual antirracista" foi o mais vendido no Brasil em 2020

 


Um dos maiores sites de venda de livros do mundo, a Amazon divulgou a lista dos 20 livros mais vendidos no Brasil em 2020. Em primeiro lugar está o Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro. Em pouco mais de 100 páginas, a ativista e filósofa ensina, em 10 lições, de onde vem o racismo e quais as melhores formas de combatê-lo.

Em segundo lugar aparece Mulheres que correm com os lobos, no qual a analista americana Clarissa Pinkola Estés reflete sobre a essência da alma feminina por meio de lendas que atravessam a história da humanidade. A distopia 1984, de George Orwell, aparece em quarto lugar. No clássico, parte do mundo vive sob uma ditadura que procura reinventar a verdade e moldá-la a seu favor em uma sociedade altamente controlada.

O racismo no Brasil volta à lista em 9º e 17º lugares, com Racismo estrutural, de Silvio Almeida, e Escravidão, de Laurentino Gomes, respectivamente. Alguns títulos de autoajuda integram a lista - como o bestseller O poder do hábito (Charles Duhigg) e O milagre da manhã: O segredo para transformar sua vida (antes das 8 horas) (Hal Elrod) -, mas também há uma boa dose de clássicos, com outro Orwell, A revolução dos bihcos: um conto de fadas, e O morro dos ventos uivantes, de Emily Bronte.  Os rumos do mundo contemporâneo e as inquietações quanto ao futuro da humanidade também pautaram os leitores brasileiros, que foram atrás de títulos como Homo sapiens: uma breve história da humanidade e 21 lições para o século 21, de Yuval Noah Harari. Confira a lista.

1. Pequeno manual antirracista, por Djamila Ribeiro

2. Mulheres que correm com os lobos, por Clarissa Pinkola Estés

3. 1984, por George Orwell

4. O poder do hábito, por Charles Duhigg

5. O morro dos ventos uivantes, por Emily Bronte

6. O milagre da manhã: O segredo para transformar sua vida (antes das 8 horas), por Hal Elrod

7. Mais esperto que o Diabo: O mistério revelado da liberdade e do sucesso, por Napoleon Hill

8. A revolução dos bichos: Um conto de fadas, por George Orwell

9. Racismo estrutural, por Silvio Almeida

10. A coragem de ser imperfeito, por Brené Brown

11. Mindset: A nova psicologia do sucesso, por Carol S. Dweck

12. O conto da aia, por Margaret Atwood

13. Do Mil ao Milhão. Sem Cortar o Cafezinho., por Thiago Nigro

14. 21 lições para o século 21, por Yuval Noah Harari

15. Essencialismo: A disciplinada busca por menos, por Greg Mckeown

16. Os segredos da mente milionária, por T. Harv Eker

17. Escravidão - Vol. 1, por Laurentino Gomes

18. Sapiens - Uma Breve História da Humanidade, por Yuval Noah Harari

19. O homem mais rico da Babilônia, por George S Clason

20. Harry Potter e a Pedra Filosofal, por J.K. Rowling

FMAC discute Xangô Rezado Alto com representantes das Casas de Axé



Yalorixás, Babalorixás e representantes das Casas de Axé de Maceió participaram de uma reunião com a equipe técnica e a presidenta da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC). Em pauta, a discussão sobre a realização do Xangô Rezado Alto. O credenciamento dos grupos de matriz africana, especificado no
 Edital Número 004/2020, foi suspenso em abril de 2020, devido à pandemia de Covid-19 (Coronavírus). A importância da realização do evento se dá em virtude das celebrações em torno da memória social e cultural das Casas de Axé em Maceió e no combate à intolerância religiosa.


No encontro, que ocorreu na terça-feira (19), na sala de reuniões da Prefeitura de Maceió, os técnicos da FMAC apresentaram as limitações legais para a realização do evento, já que há decretos federais, estaduais e municipal que proíbem a aglomeração de pessoas em espaços públicos por conta dos protocolos de segurança de combate ao coronavírus. Ficou estabelecido que na terça-feira (26) uma nova reunião com os representantes das casas de axé vai definir a realização de ações não-presenciais para celebrar e chamar a atenção da sociedade sobre o combate à intolerância religiosa.

Ascom FMAC

Cultura de Alagoas divulga resultado final dos editais da Lei Aldir Blanc com análise dos recursos



O Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), divulgou hoje o resultado final com as análises dos recursos dos editais Vera Arruda, Dinho Oliveira, Zailton Sarmento, Elinaldo Barros e Eric Valdo, certames que fazem parte do pacote da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. A publicação está disponível no link http://www.cultura.al.gov.br/editais-e-concursos/2020/editais-aldir-blanc-alagoas/apoio-a-producao-cultural/resultado/resultado-final-retificado-20-01-2021/

Para o edital Elinaldo Barros, foram distribuídos até 158 prêmios para o segmento audiovisual, com valor total de R$ 3.340.000,00, divididos em 8 faixas: filmes de quarentena, licenciamento de filmes, filme de baixo orçamento, festivais de pequeno, médio e grande porte, e desenvolvimento de projetos de curta e longa-metragem.  No Dinho Oliveira, foram distribuídos até 98 prêmios, com valor total de R$ 6.250.000, destinados a projetos culturais que apresentaram propostas à realização de mostras, festivais, mercados, premiações, feiras, festas populares/tradicionais, podcasts, “drive- in” e/ou online, etc., para 4 faixas: grande, médio, pequeno e micro porte.

Já no edital Vera Arruda, foram distribuídos até 105 prêmios, com valor total de R$ 2.790.000,00, voltado para Artes Visuais, Fotografia, Design, Moda e Cultura Digital em 4 faixas: - o desenvolvimento de uma plataforma de vendas virtuais de obras alagoanas, projetos para exposições, feiras de artes, desfiles de moda, encontros de arte digital, dentre outros, novas iniciativas de produções, e ocupação de faixa das - intervenção urbana em vias públicas. Para o certame Zailton Sarmento, foram distribuídos até 395 prêmios para a produção musical, com valor total de R$ 7.334.000,00, para 7 faixas: gravação de CD's promocionais, gravação de CD’s de carreira, gravação de DVDs, iniciativas de oficinas online, para gravação de projetos de composição e arranjo, singles e videoclipe musical, podcast, pesquisa, canal do Youtube, website, programas de TV e outros conteúdos midiáticos, festivais de música, show e lives musicais.

E finalizando, no edital Eric Valdo, para seleção de propostas e concessão de prêmios a artistas e coletivos segmento de artes cênicas (Teatro, Dança, Circo e Ópera), foram distribuídos 139 prêmios, com valor total de R$ 3.330.000,00, em 5 faixas: montagem de espetáculos inéditos, projetos de conteúdos virtuais, novas dramaturgias (textos autorais), a festivais de Teatro, e ações nos espaços públicos e itinerantes, ações na rua e de intervenção.

A Lei Federal 14.017, de 29 de junho deste ano, estabelece ações ao setor cultural como medida de enfrentamento à pandemia pela covid-19. Ao todo, Alagoas realizou 17 certames, com um investimento total de R$33 milhões em diversos segmentos culturais. São eles: música, artesanato, literatura, cultura e manifestação popular, projetos culturais, pontos, coletivos e espaços culturais, artes visual e digital, artes cênicas, patrimônio e audiovisual. Foram mais de 1.800 premiações, beneficiando grupos, artistas individuais e produções culturais.

Teresa Machado - Ascom Secult

Informativo Balaio de Fatos - 04