sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Mais de 60 projetos artisticos vão receber apoio à internacionalização


Na edição deste ano serão financiadas 61 candidaturas, correspondendo a um aumento de 135%", face às 26 candidaturas que foram alvo de apoio no ano passado, informou a DGArtes em comunicado.

O financiamento de todas as candidaturas elegíveis só vai ser possível devido a um reforço financeiro de quase 163,68 mil euros (163.679,56 euros) para a Internacionalização para a Internacionalização, anunciado na quinta-feira pela ministra da Cultura, Graça Fonseca.

Assim, este programa que inicialmente contemplava 400 mil euros -- para 42 projetos -- passou a contar com um total de aproximadamente 563 mil euros, que vão permitir financiar mais 19 projetos.

Comparativamente com o ano anterior, esta dotação financeira representa um aumento em 117%, em que o valor alocado foi de 260 mil euros, segundo a DGArtes.

Também ao nível das candidaturas se verificou um aumento da procura de apoios no âmbito deste programa, com um total de 92 candidaturas submetidas este ano, mais 34 do que em 2019 (58 candidaturas).

Para o Ministério da Cultura, este investimento reflete "a crescente importância que os programas de intercâmbio internacional têm vindo a assumir junto da comunidade artística".

O Programa de Apoio a Projetos - Internacionalização esteve aberto entre 29 de maio e 2 de julho, com o objetivo de dinamizar a internacionalização das artes e da cultura portuguesa, através da cooperação com outros países.

No que respeita à distribuição por área artística, estão coligidos os seguintes dados: Música -- 17 candidaturas (27,9%); Teatro -- 15 candidaturas (24,6%); Dança -- 9 candidaturas (14,8%); Artes Plásticas -- 8 candidaturas (13,1%); Cruzamento Disciplinar -- 7 candidaturas (11,5%); Fotografia -- 2 candidaturas (3,3%); Circo e Artes de Rua -- 2 candidaturas (3,3%); Design -- 1 candidatura (1,6%). 

Organizações cobram do governo regulamentação de incentivo cultural

Lideranças de 70 das principais instituições dos setores social e cultural do país cobram do governo federal a regulamentação de uma lei aprovada em 2019 que dá acesso ao incentivo fiscal para fundos patrimoniais, conhecidos como endowments.

Representantes do grupo já tinham se reunido com o secretário especial da Cultura Mario Frias no final de agosto, mas a coisa não andou e eles então resolveram procurar o chefe. Numa carta aberta enviada ao ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, a Coalizão pelos Fundos Filantrópicos, liderada pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), argumenta que ainda não consegue exercer o direito que lhe foi conferido pela lei 13.800. Segundo a coalização, falta apenas regulamentar os detalhes do acesso ao incentivo fiscal, neste momento limitado a projetos na área da cultura.

“A regulamentação é urgente para alavancar a criação ou a ampliação de Fundos Patrimoniais voltados à cultura, em especial neste momento de redução de gastos públicos e drástica diminuição de recursos a essa área”, observa Priscila Pasqualin, da PLKC Advogados, que apoiou a coalização na fundamentação.

Fazem parte da coalização entidades como Fundação Gerações, Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Fundação OSESP, GRAACC, Grupo Tellus, Insper, e institutos Akatu, Ayrton Senna, Cyrela, Ethos e Sou da Paz, entre outros.

A lógica – e a importância – dos fundos patrimoniais como apoiadores de projetos culturais, dada por meio de incentivos fiscais, reside na autonomia da execução dos trabalhos. Diferente das leis de incentivo em vigor no país, que acabam por privilegiar as ações de curto prazo, geralmente de até um ano, os fundos possibilitam tocar iniciativas de fôlego, como a manutenção de museu, por exemplo.

“Desde que a lei foi sancionada temos visto diversos movimentos para a criação de fundos patrimoniais de diferentes causas. Um exemplo é o MAR – Museu de Arte do Rio, que está com tudo pronto à espera dessa regulamentação. O Museu de História Natural de Nova York tem o seu fundo e usa quase nada de dinheiro público para se sustentar e crescer”, ilustra Paula Fabiani, presidente do IDIS, ressaltando como os endowments podem levar à redução da dependência de verbas públicas para a manutenção de espaços culturais.

Ricardo Levisky, presidente do Fórum Internacional de Endowments para Legados, participou da reunião com o secretário da Cultura em agosto. Segundo ele, o recado ao governo foi de que a medida não só amplia a cultura de doação no Brasil como sua consolidação ainda acaba por refletir o desenvolvimento do mercado de capitais no país. 


Por  Manoel Schlindwein  

Secretaria Especial da Cultura publica resultado preliminar de edital para ações na Biblioteca Demonstrativa

A Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo publicou, na última quinta-feira (29.10), o resultado preliminar das Organizações da Sociedade Civil classificadas para executar a programação cultural da Biblioteca Demonstrativa do Brasil (BDB). Ao todo, sete entidades foram classificadas (Veja abaixo). Lançado em agosto deste ano, o edital prevê um orçamento de R$ 1,2 milhão para o desenvolvimento de atividades e eventos alusivos aos 50 anos da instituição, comemorado no próximo mês.

O termo de colaboração envolve a execução de uma agenda cultural a ser promovida no local por um período de 15 meses. Entre as atividades previstas estão: espetáculos de dança, teatro, música e exposições; atividades pedagógicas, como ações literárias, oficinas e cursos; e atividades de promoção da economia criativa e do empreendedorismo cultural, como oficinas de empreendedorismo, fotografia, artesanato, games e aplicativos.

A organização selecionada será responsável pela contratação de toda equipe técnica, administrativa, logística, produção, curadoria, palestrantes, instrutores, artistas e grupos, dentre outros, e pela articulação, divulgação e difusão das ações. As atividades serão realizadas nas dependências da Biblioteca Demonstrativa do Brasil Maria da Conceição Moreira Salles, localizada em Brasília (DF) e deverão ser transmitidas ao vivo, bem como ficarem disponíveis, nas redes sociais e plataformas digitais da BDB.

De acordo com a portaria, o prazo para apresentação de recursos ficou estabelecido em cinco dias corridos, a partir desta quinta-feira (29.10), conforme cronograma atualizado. O requerimento deve ser realizado, exclusivamente, pela Plataforma +Brasil, em formulário específico, contendo a apresentação de justificativas, conforme modelo disponibilizado nos anexos do programa.

Acesse aqui as atualizações do edital nº 001/2020 – Programação Cultural BDB e demais documentos do certame.

A BIBLIOTECA – Desde a sua criação, em 1970, a Biblioteca Demonstrativa do Brasil se caracterizou como uma instituição inovadora, referência para bibliotecas públicas conveniadas. A unidade avançou em serviços culturais e informacionais, levando a música, o teatro e o cinema para além dos livros, em espetáculos gratuitos à população.

Nome do Proponente/ Nota

Companhia Voar para Infância e Juventude

9,2

Instituto Cultural Casa de Autores

9

Coletivo Pró- Cidadania

8,5

 Fundação Rádio e Televisão Educativa de Uberlândia

8

Instituto Latinoamerica- para o Desenvolvimento da Educação, Arte, Ciência e Cultura

7,7

Brasil Presente

7,4

OMNI Instituto de Desenvolvimento Social

6,4


Por Victor Maciel / Edição: Amanda Costa

Assessoria de Comunicação

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Concurso nacional de violão é vencido por maceioense


O violonista alagoano Nícolas Porto Silva venceu o II Concurso Nacional de Violão AssoVio Vertentes, evento que integrou o IV Circuito de Violão das Vertentes, ocorrido online entre os dias 12 e 16 de outubro.

Nícolas concorreu com mais 20 violonistas de todo o país e venceu a competição promovida pelo AssoVio, grupo de violonistas de Minas Gerais.

Natural de Maceió, Nícolas é licenciando em música pela UFG e tem se destacado como um dos nomes mais promissores de sua geração.

1ª Feijoada da Ong SALVE será realizada no feriado de segunda (02)



Na próxima segunda, 02, será realizada a 1ª Feijoada da Ong SALVE (Socorristas, Enfermeiros e Médicos Voluntários) na Choparia Resenha, a partir das 11h. A camisa custa R$ 60,00 com direito à feijoada e aos shows do Pagode do Boca e do Regis Bakana.

O uso de máscara é obrigatório.

Vendas nos contatos:
98803-6861 / 98743-7370 (Joana).

Choparia Resenha - Av. Gov. Lamenha Filho - Feitosa, Maceió - AL, 57043-000

(82) 99635-2070



Dia Mundial do AVC serve de alerta à população

Segunda principal causa de morte no Brasil, o acidente vascular cerebral (AVC) é lembrado hoje (29), em data especial, que serve de alerta à população. O Dia Mundial do AVC chama atenção para a quantidade de pessoas que o derrame, como é mais comumente chamado, acomete e também para os efeitos incapacitantes que pode provocar, motivo por que a campanha busca incentivar a adoção de comportamentos preventivos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente em 2017 foram registradas 101,1 mil mortes decorrentes da doença. Em levantamento encaminhado à Agência Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) destaca que, entre 1º de janeiro deste ano até o dia 16 de outubro, 78.649 pacientes com AVC foram a óbito. Os números se distinguem pouco da soma do ano passado, de 79.984 casos.

Desse total apurado pela entidade, 50.201 ocorreram durante os sete primeiros meses da pandemia de covid-19, patamar que se assemelha ao registrado no mesmo período em 2019, de 60.400 ocorrências. Conforme destaca a SBC, a queda de 16,8% se explica porque muitas pessoas acabaram morrendo em casa, durante a crise sanitária, o que impediu que os profissionais de saúde identificassem as verdadeiras causas de falecimento.

Os grupos entre os quais mais se confirmaram óbitos por AVC foram homens com idade entre 70 e 79 anos e mulheres com idade entre 80 e 89 anos. Em seguida, aparecem homens na faixa de 80 a 89 anos e mulheres de 70 a 79 anos, todos dados que demonstram que a idade é um fator que influencia nas chances de se desenvolver o quadro.

Como para outras doenças cardiovasculares, há fatores de risco que podem ser controlados e, portanto, reduzir a vulnerabilidade a elas, como o sedentarismo, o tabagismo e o uso abusivo de álcool. A apneia do sono, por sua vez, pode aumentar em 3,7% as chances de uma pessoa desenvolver tais enfermidades.

Complementando informações da SBC, a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) pontua que cerca de 70% das pessoas acometidas por AVC não conseguem ter condições de retomar as atividades profissionais, em decorrência das sequelas que o quadro deixa e que metade dos pacientes perde autonomia e acaba precisando de cuidadores e para realizar tarefas diárias. A SBDCV sublinha, ainda, que, embora o AVC atinja mais frequentemente indivíduos com idade acima de 60 anos, tem crescido entre jovens e pode, inclusive, afetar crianças. 

Sintomas

O AVC é a formação de um déficit neurológico súbito, causado por uma falha nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Pode ser dividido em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro, que responde a 85% dos casos, deriva da obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral e desencadeia a falta de circulação no seu território vascular. Já o hemorrágico tem origem em uma ruptura espontânea de um vaso, que pode ser um aneurisma e faz com que o sangue preencha o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou o espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).

Os principais sintomas do AVC são: fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, confusão mental, alterações na fala, compreensão, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa. Como o paciente pode apresentar um comprometimento do sistema neurológico, o ideal é que seja atendido o mais rápido possível.


Agência Brasil

Kel Monalisa se apresenta no Orákulo Choperia no dia 31/10

Recado da Kel




"Últimas mesas do 1º LOTE a venda no Sympla. Você mostra seu ingresso pelo App ou leva impresso e troca pela sua mesa, que será por ordem de chegada.



A casa abre às 21h com 
@guilahgomes esquentando a galera  e logo depois eu entro pra gente fazer um show lindo com minha banda cheia de talentos da nossa terra.
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Ahhh! E terei dois convidados super especiais pra rolar aquele forró delícia @flavinhomofio e @maarcelinholimaa na sanfona. Os meninos do Samba também vão estar comigo pra gente passear por todos os meus projetos simmmm! "



O estabelecimento e cumprimento dos protocolos de segurança sanitária rendeu ao Governo de Alagoas a conquista do selo internacional “Safe Travels” de destino seguro para o turismo. O reconhecimento é da World Travel & Tourism Council (WTTC), entidade estrangeira que concede a destinos e empresas do setor que adotarem e cumprirem os protocolos de higienização e distanciamento físico. 

A autenticação do “Safe Travels” é chancelada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e leva em consideração as determinações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), com colaboração da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) e da Associação Internacional de Cruzeiros Marítimos (CLIA) para garantir o alinhamento de todo o setor no mundo.

Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, essa certificação é mais um diferencial que Alagoas terá junto ao mercado internacional do turismo. “Este selo da WTTC é essencial para o nosso Estado, principalmente neste momento onde o mercado europeu está voltado para Alagoas, com o voo regular da TAP entre Lisboa e Maceió. Os viajantes estão atentos às questões sanitárias e ter esta certificação trará ainda mais visibilidade para o nosso estado dentro e fora do país”, enfatiza Rafael Brito.

Importantes destinos turísticos pelo mundo também buscaram o selo Safe Travels da WTTC, como é o caso da Austrália, da Argentina, da Espanha, da Bulgária, da Colômbia, do Hawai, entre outros. Ao todo, mais de 200 empresas, organizações e instituições já possuem a certificação pelo mundo. 


 Thiago Tarelli - Agência Alagoas

‘Diálogos Urbanos’ é a primeira exposição virtual do Complexo Cultural Teatro Deodoro



Como propagar a arte em tempos de quarentena? Essa é a reflexão que muitos profissionais da cultura têm feito desde o início da pandemia da Covid-19. Questionamentos que são seguidos de ideias e resultam em ações. É o caso da exposição Diálogos Urbanos, do artista Pedro Caetano. Foi a partir desta pergunta que ele pensou no outdoor como um expositor de arte. Ao procurar a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal), surgiu mais uma proposta: oferecer tour virtual da mostra. Assim, nasceu a mais nova individual do artista.

Com curadoria de Alice Barros e Robertson Dorta, a mostra instalada no piso principal do Complexo Cultural Teatro Deodoro, apresenta 16 pinturas com a técnica acrílica sobre tela. A visita virtual está disponível pelo site diteal.al.gov.br . Também  10 obras ficarão expostas em outdoors espalhados por Maceió.

A mostra fica em cartaz até 30/11 e traz pinturas inspiradas em lugares, prédios e cenas do cotidiano de Maceió. Como o nome da exposição diz, a ideia é gerar um diálogo entre as obras, monumentos da cidade e a população.

“É uma satisfação receber a exposição individual do artista Pedro Caetano. Desta vez, criando mais uma alternativa para propagar a arte em tempos de pandemia. A mostra está muito bonita, um trabalho de excelência, que nos revela o olhar do artista sobre cenas e questões do nosso cotidiano na cidade. Convido a todos para que prestigiem e façam a visita virtual”, afirmou a diretora-presidente da Diteal, Sheila Maluf.

Pedro vem apresentando suas obras em mostras coletivas desde 2008, tanto em Maceió, quanto em outras cidades, como Fortaleza e São Paulo. Possui no currículo três exposições individuais. A primeira “Na janela do olhar” ficou em cartaz na Fundação Pierre Chalita, em 2012. Dois anos depois, ocupou o Divina Gula com o trabalho intitulado “Exposição Divina”. Sua mostra mais recente foi “Ranhuras” em 2015, no qual conseguiu expor em Maceió, no Complexo Cultural Teatro Deodoro, e em Fortaleza. Ele está de volta ao Complexo para sua quinta individual.

“É muito gratificante. Fazia cinco anos que não realizava uma exposição individual e estou muito feliz porque estou voltando à esta casa. Dizem que um bom filho à casa torna. Este momento de pandemia me levou a uma série de questionamentos sobre de que maneira a gente pode se reinventar e promover a arte. Andei refletindo e vi que o momento é propício para utilizar equipamentos urbanos, no caso os outdoors, para reproduzir a arte, já que eu tenho um trabalho que dialoga com a cidade. Veio a ideia de ressignificar esses elementos (outdoors), que para muita gente é de poluição, se tornando espaço de criação”, contou o artista.

Para a curadora, Alice Barros, o trabalho de Pedro contido na exposição se dá “buscando alcançar a representação do contexto observado com o mínimo de linhas, sendo solapado pela variação da luz, alteração da cor, desconstrução tonal das sombras, foi sentindo o peso, a leveza, a musicalidade que há nos gestos. Diálogos Urbanos ardem, contemplam o belo, implícito na miséria humana, como desconcertante paradoxo, nos fazendo refletir a transitoriedade poética dos contrastes sociais”.

A professora Carol Gusmão, que também atua em curadorias artísticas, deixou registradas as suas impressões sobre as obras de Pedro Caetano, na galeria do Complexo. “Nós, os que compreendemos seu código, só temos a agradecer por esta deliciosa subversão. A arte de Pedro vai além do lugar comum da paisagem e dos personagens locais: apresenta-se como relevos de sua própria mente-coração, por onde – tenho certeza – sempre habitarão as saudáveis e permanentes dúvidas através das quais a arte evolui. E evoluirá”, pondera.

Esta é a segunda exposição realizada pela Diteal com as portas da galeria fechadas ao público. A primeira foi a coletiva Amostra Grátis, com curadoria de Viviani Duarte e Rosivaldo Reis, que expôs as obras na fachada de vidro do Complexo Cultural Teatro Deodoro, com banners ampliados das pinturas e desenhos, possibilitando a contemplação da arte pelos que passavam pela Praça Deodoro, no Centro de Maceió.

“Em 17 de março, através de Decreto Governamental, tivemos de fechar todos os equipamentos culturais, exigindo que buscássemos alternativas para continuarmos atuantes. Trouxemos, então, a 3ª Edição da Amostra Grátis. Recebemos agora "Diálogos Urbanos”, trazendo um olhar poético e cheio de questionamentos da nossa Maceió de hoje. Teremos a exposição física, nos preparando para o retorno gradativo do público in loco, 10 outdoors espalhados pela cidade com reprodução das telas, uma ação muito democrática de acesso à arte, principalmente nas circunstâncias atuais, e o tour virtual no nosso site. Convidamos a todos, mantendo nosso compromisso de continuarmos buscando e encontrando caminhos para o exercício de nossa missão institucional”, pontuou o gerente artístico e cultural da Diteal, Alexandre Holanda.

Sobre o artista:

Pedro Caetano nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1984. Ainda criança, veio morar em Maceió. Desde a infância, sempre esteve envolto pelas linguagens artísticas. Observava admirado, sua mãe riscar, modelar, cortar, costurar, emendar. Seu pai lhe apresentou os primeiros acordes do violão. Assim, ele foi despertando o seu olhar artístico atento e sensível.

Estudar arquitetura abriu-lhe as portas para a pintura. Apaixonou-se completamente pela história da arte. Inspirado pelas obras de Iberê Camargo, Cândido Portinari e Di Cavalcante, começou a desenvolver suas primeiras pinturas. Se identificou com os entalhes em madeira de Lasar Segall, ao conhecer a técnica de xilogravura.

Graduado em Arquitetura e Urbanismo, pelo Centro Universitário Cesmac, Maceió, em 2008; pós-graduado lato sensu em Paisagismo, pela Universidade de Fortaleza (Unifor), em 2012. Participou de cursos de processo criativo, desenho artístico e história da arte, pela Escola Panamericana de Arte e Design de São Paulo, em 2012; da Oficina aberta “Pintura prática e reflexão”, com Paulo Pasta, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, em 2016; da Maratona de Pintura, com Deborah Paiva, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2016; do Curso sobre a Arte do Século XXI, com Marcelo Rocha, pelo Parque Lage EAV-RJ, Brasil, 2020 (em andamento).

Já expôs em Maceió, Fortaleza e São Paulo. Em 2008, iniciou sua trajetória artística participando de uma exposição coletiva, “Intimidades”, na ESAMC – Maceió. Sua primeira exposição individual “Na janela do Olhar”, aconteceu na Fundação Pierre Chalita – Maceió, em 2012. Ao todo, participou de quinze exposições coletivas e quatro exposições individuais.

“Diálogos Urbanos” é sua quinta exposição individual. Recebeu Menção Honrosa no XV Salão de Pintores Alagoanos do Tribunal Regional do Trabalho – Maceió, em 2013; 1º lugar na categoria pintura no 29º Salão de Artes da Marinha – Maceió-, 2013; Menção Honrosa Exposição coletiva “Arte Para Todos os Sentidos”, Instituto da Visão – Maceió, em 2017.


Ascom - Hannah Copertino

Casa Fiat de Cultura retoma o 4º Programa de Seleção da Piccola Galleria

A Casa Fiat de Cultura abre inscrições aos artistas plásticos e visuais, para realização de exposições individuais ou coletivas no espaço da Piccola Galleria dentro da programação 2021/2022 – as datas serão definidas pela programação da Casa Fiat de Cultura e poderão ser mudadas dentro deste período de acordo com a necessidade.

A Piccola Galleria é um espaço criado pela Casa Fiat de Cultura para apresentar novos artistas: um pequeno recinto no hall principal, destinado a exposições de curta duração, ao lado do painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari.

A instituição promove a cessão do espaço por um período de 40 dias, mais dois dias para montagem e outros dois para desmontagem, a depender das necessidades da mostra. A exposição deve ser inédita, podendo abranger artistas brasileiros ou de outros países. A mostra pode ocorrer de forma presencial e/ou virtual, a critério da Casa Fiat de Cultura.

A Casa disponibilizará uma contribuição de até R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) para cada proposta selecionada e aprovada, que deverá ser utilizada para as despesas que envolvem a exposição, que estão sob a responsabilidade do artista.

O formulário deve ser enviado até 02 de novembro de 2020, no site da Casa Fiat de Cultura.


Cultura e Mercado

Itaú Cultural e Datafolha divulgam pesquisa sobre hábitos da cultura na web durante a pandemia

 O Itaú Cultural e o Instituto de Pesquisas Datafolha divulgaram na última terça (20), uma pesquisa sobre os hábitos culturais na web durante a pandemia.

Por telefone, foram ouvidos 1.521 indivíduos, de 16 a 65 anos, em todas as regiões do país, entre os dias 5 e 14 de setembro. A pesquisa tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

O levantamento indica que 57% dos brasileiros passaram a usar mais a rede, 36% mantiveram o padrão de acesso desde o início da suspensão social e 7% reduziram suas atividades virtuais. Além disso, 71% declararam acessar a web todos os dias, enquanto 29% estão no grupo dos que nunca acessam ou o fazem com pouca frequência.

De acordo com os dados apurados, 7% dos brasileiros não têm acesso algum à internet. A região Norte é a que tem o maior índice de desconectados no país, com 42% entre os que não acessam ou acessam pouco a web e seus conteúdos.

As regiões metropolitanas são, por sua vez, os recortes geográficos mais conectados do país, respectivamente, com 49% de indivíduos que declararam estar sempre ou quase sempre conectados. No interior o índice é de 41%.

O levantamento investigou também os hábitos de consumo cultural na web. Entre os que acessam a internet, 84% dizem ouvir música na rede, 73% declaram assistir filmes e séries e 60% dizem assistir shows no ambiente virtual.

A leitura de livros digitais foi mencionada por 38% do estrato dos que acessam a rede, mesmo índice dos que mencionaram cursos livres como atividade realizada no período.

Jogos eletrônicos foram apontados 34%, seguidos por webinars (32%), atividades infantis (28%), podcasts (26%), espetáculos de teatro (21%) e visitas a museus e exposições (17%). 5% não responderam.

“A pesquisa Itaú Cultural/Datafolha deixa evidente como o mundo cultural acolheu virtualmente as pessoas neste momento tão difícil para todos, como também o quanto os brasileiros estão usufruindo intensamente de conteúdos culturais neste território da web. O fenômeno só não foi mais vigoroso em virtude da desigualdade digital, que precisa ser vencida o mais rápido e amplamente o possível”, avalia Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.

A intenção de continuar a fazer estas atividades virtuais após a pandemia cai ligeiramente em todos grupos. Mas entre os que assistem shows (60%) a queda é maior. A intenção de manter a prática cai para 53% após a pandemia (7 pontos percentuais de perda de adesão).

Assistir filmes e séries na web também perderá adeptos. 73% dizem adotar a prática neste momento de suspensão social, mas 69% pretendem continuar a realizar este tipo de atividade quando a crise for superada (uma retração de 4 pontos percentuais).

O consumo de atividades culturais na web é maior entre os indivíduos que frequentaram atividades presencias do gênero nos 12 meses anteriores à realização da pesquisa. Entre os que foram ao cinema neste intervalo, 87% declararam assistir filmes e séries na web (14 pontos percentuais a mais que os 73% da amostra geral que disseram praticar a atividade virtualmente).

Entre os que foram a shows, o consumo virtual da atividade alcança 72% (12 pontos percentuais a mais que o total dos 60% que declararam ter visto este tipo de espetáculo na internet durante a pandemia).

No caso de atividades infantis, a distância é ainda maior (42% contra 28%), fenômeno que se repete no caso de museus e exposições, segmento em que o consumo virtual é maior entre aqueles que vivenciaram atividades presenciais nos 12 meses anterior (36%) do que entre a amostra geral (17%).

Os brasileiros que realizaram atividades culturais durante a pandemia avaliam positivamente os impactos da prática para a saúde mental e a convivência social.

Para 58% dos entrevistados, o consumo de programação cultural na web provocou uma melhora no relacionamento com as outras pessoas da casa. O fenômeno foi especialmente impactante para os indivíduos entre 45 e 65 anos (segmento no qual o índice chegou a 66%) e para os indivíduos com menor escolaridade, estrato em que 65% declaram melhora no relacionamento doméstico. Os benefícios para o convívio em casa foram mais percebidos pelos homens (63%) do que pelas mulheres (54%).

De acordo com a pesquisa, 54%, declararam que as atividades culturais na web ajudaram a diminuir a sensação de solidão e 45% apontaram redução do estresse e da ansiedade. Para 44% o consumo de cultura virtual na pandemia contribuiu para melhorar a qualidade de vida de forma geral.

Os brasileiros também viram nas atividades virtuais um salto no acesso a cultura. 67% dos entrevistados apontaram melhora na democratização do acesso a conteúdo do gênero nas redes. Com este impacto positivo, 56% declararam ter ficado mais interessados no consumo de atividades culturais na web.

A pesquisa aferiu também o interesse dos brasileiros em participar de atividades online daqui para a frente. 57% dos internautas disseram ter interesse em acompanhar programas ao vivo com a participação de artistas, pensadores criativos e outros convidados discutindo arte, problemáticas atuais e ideias.

Vídeos pré-gravados com dicas para fazer ou produzir arte interessam a 48% dos entrevistados. Visitar exposições e museus online e acompanhar oficinas de criação para crianças é foco de interesse, em ambos os casos, de 47% das pessoas ouvidas.

Outras atividades culturais que despertam o interesse dos usuários são assistir a vídeos gravados que ensinam a observar arte (41%) e aulas de dança gravadas (39%). Ainda, 37% dos entrevistados manifestaram interesse em participar de projetos artísticos guiados e ao vivo. Conversas gravadas sobre música com especialistas são objeto de busca de 32% deles e 28% pretendem acompanhar aulas de teatro gravadas. Somente 20% dos entrevistados disseram não ter interesse em nenhuma das atividades mencionadas.

O levantamento também investigou quais as outras atividades online foram realizadas pelos internautas durante a pandemia. 81% dos entrevistados disseram ter usado a web para conversas e confraternização com amigos e família. Acessar cultos de diversas religiões foi apontado como atividade realizada por 48% da amostra.

Já 39% usaram a web para acompanhamento das atividades escolares com os filhos. Outros 35% usaram a web na pandemia para realizar doações e atividades voluntárias, entre outras ações do gênero. 34% acompanharam aulas online do curso regular do colégio e/ou faculdade em que estudam. Meditação online foi realizada por 23% dos usuários e 19% realizaram consultas por telemedicina.


Cultura e Mercado

Ilha do Ferro é retratada em documentário na Semana Criativa de Tiradentes

 Quem passeia pelas ruas da Ilha do Ferro, povoado de Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas, respira uma cultura rica e visualiza o berço de artesãos e mestres artesãos que têm seus trabalhos reconhecidos internacionalmente. Este lugar marcante para a arte será apresentado em três episódios na Semana Criativa de Tiradentes, que aconteceU de 15 a 18 de outubro. 


Os curtas "Bom dia", "Boa tarde" e "Boa noite", em formato de documentário, foram exibidos durante a programação do evento e retratam o local pela perspectiva andarilha de um viajante que aprecia, experimenta e se deslumbra com a energia do lugar, que, geração após geração, se revigora, transmite conhecimento e se concretiza como um dos cenários marcados pela arte popular no Brasil e no mundo. 

Produzido a partir do convite feito para o Alagoas Feita à Mão, conduzido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), o conceito foi pensado pela equipe do programa junto ao designer Rodrigo Ambrósio, para retratar a essência e o aspecto do local. A história contada através das peças produzidas na Ilha, banhada pelo Rio São Francisco, atraem pessoas e olhares admirados para este lugar que reverbera a arte popular. É lá o berço do bordado Boa Noite, genuinamente alagoano, e das peças que têm a madeira como base dos Mestres Aberaldo, Petrônio e Valmir. 


“A ideia do filme é retratar a vida cotidiana do pequeno povoado Ilha do Ferro, o imaginário local e suas interações que se desenvolvem como um único organismo vivo”, explica o designer.

A Semana Criativa de Tiradentes acontece há quatro anos e, nesta edição, aconteceu de forma 100% digital. O encontro reúne anualmente criativos e trend hunters para repensar, trocar conhecimento, discutir, produzir e estimular o empreendedorismo através do design, do artesanato de tradição, da arquitetura e de manifestações como o Movimento Maker.  

"O Nordeste tem uma relação muito especial e peculiar com o artesanato e eu tenho uma grande admiração pelo de Alagoas. Ligado a isso, o povoado da Ilha do Ferro é banhado pelo Rio São Francisco, que influencia toda a criação. Por isso fizemos essa escolha, trazendo a história de Alagoas para ser contada em Minas Gerais", explica Simone Quintas, diretora do evento. 

O documentário é um projeto do programa Alagoas Feita à Mão, sob coordenação de Daniela Vasconcelos, e conta com direção e produção de Rodrigo Ambrosio, Tavinho Camerino e Thiago Laion, e assistência de Marcello Victor.  O espaço na Semana Criativa Tiradentes abre as portas para o contato do público nacional com os artesãos da Ilha do Ferro e de toda Alagoas, funcionando como uma vitrine para divulgação da plataforma Galeria Alagoas Feita À Mão

“A Galeria é o principal canal que ligará o público da Semana Criativa aos artesãos alagoanos. O contato do cliente é direto com o artista e isso facilita o processo de aquisição de todas as peças. A escolha da Ilha do Ferro para ser retratada no documentário que produzimos foi feita pelo povoado representar uma pluralidade estética, que se utiliza de tipologias e técnicas artesanais características do nosso estado. Essa oportunidade é uma forma de atrair novos olhares para o que é produzido em Alagoas”, expõe Daniela Vasconcelos, gerente de Design e Artesanato da Sedetur.  


Letícia Cardoso

Agência Alagoas

Informativo Balaio de Fatos - 04